23/02/2024
Sensor indica perspectiva de queda da atividade industrial paulista em fevereiro
Assim como em janeiro, quatro dos cinco componentes indicam queda na leitura atual
Agência Indusnet Fiesp
O Sensor do mês de fevereiro encerra em 48,6 pontos, elevação de 0,9 ponto em relação ao mês imediatamente anterior (47,7 pontos). Apesar do movimento altista, como o indicador está abaixo dos 50,0 pontos, há a perspectiva de redução da atividade industrial do estado de São Paulo. O último resultado de otimismo dos empresários do setor ocorreu em janeiro de 2023, aos 50,6 pontos, enquanto no mês de fevereiro do ano passado houve estabilidade (50,1 pontos).
O componente de mercado (que representa a percepção sobre o setor de atuação) registra 47,6 pontos, sendo 0,5 ponto superior ao mês de janeiro (47,1 pontos). Permanece assim o pessimismo dos empresários industriais quanto ao setor que suas empresas estão inseridas.
Os estoques, aos 47,2 pontos, apresentam a maior diferença com relação à última leitura, de +2,3 pontos (44,9 pontos em janeiro). Mesmo com o crescimento, há a perspectiva de estoques acima do planejado.
Os empregos indicam contração na pesquisa atual, aos 47,5 pontos ante 48,9 pontos de janeiro. Devido ao resultado abaixo dos 50,0 pontos, há a perspectiva de queda no número de empregados.
Aos 46,7 pontos, as vendas indicam redução no mês, resultado inferior a janeiro (47,2 pontos). O componente mantém a sinalização de contração na atual leitura, por estar abaixo dos 50,0 pontos.
Por fim, os investimentos registram 51,9 pontos. Apesar do otimismo do indicador, esta é a segunda redução consecutiva, sendo que o pico recente foi atingido em dezembro, aos 55,9 pontos, com redução para 52,5 pontos em janeiro de 2024. Por permanecer acima dos 50,0 pontos, prevalece a perspectiva de aumento dos investimentos no mês.
Todos os dados acima contemplam o tratamento sazonal.
Metodologia
O Sensor é uma pesquisa qualitativa de conjuntura econômica realizada desde 2006. Ela tem como objetivo captar informações do andamento da atividade da indústria de transformação durante o mês corrente da coleta de dados, eliminando as defasagens de tempo das tradicionais pesquisas de conjuntura. Hoje, participam da pesquisa cerca de 30 das principais indústrias de São Paulo.